quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Se a Deborah Kerr que o Gregory Peck...

Esse ano tá sendo foda pro cinema. Os ícones resolveram morrer todos. Foi-se o Bergman, depois o Antonioni, depois o Paulo Autran (que era ator principalmente de teatro, mas deu grandes contribuições pra telona, como em Terra em Transe) e agora a Deborah Kerr.

Minha lembrança mais antiga dela vem de uma música da Rita Lee. "Se a Deborah Kerr que o Gregory Peck..." Pra mim, isso seria o suficiente para que ela fosse uma diva do cinema. Teve o nome eternizado em uma música e sua existência é conhecida até mesmo por não-cinéfilos.

Mas, além disso, ela é a protagonista da cena de beijo mais clássica que existe. Quem não se lembra de Deborah e Burt Lancaster rolando na areia, num beijo... ui! de tirar o fôlego? Até mesmo que não viu o filme, até mesmo quem não era nascido.

Deborah foi indicada ao Oscar seis vezes: As Minas do Rei Salomão (1950), Quo Vadis? (1951), Júlio César (1953), Chá e Simpatia (1956), Bom Dia, Tristeza (1958) e A Noite do Iguana (1964). Foi premiada só em 1994, com o prêmio honorário da academia, cujo subtítulo deveria ser: "os, fomos injustos".

Ela morreu na terça-feira, em casa, no condado de Suffolk, aos 86 anos e com Mal de Parkinson. A família só divulgou o fato hoje.

Nenhum comentário: