terça-feira, 9 de outubro de 2007

Cinema até em sonho


A Letícia sonhou com um filme. Não um filme já visto, não um filme já feito. Um filme inédito, que veio do subconsciente dela. Um filme completinho, “com início meio e fim”, segundo ela. E bom.


No mesmo dia, o Guffo, namorado da Camelie, sonhou com uma música. Com a música de um filme. E, dormindo, perguntou pra ela “de que filme é essa música?”, umas três vezes.


O Stephen King, em Insônia, desenvolve uma tese paralela ao cerne do livro. Quando sonhamos, saímos de nosso corpo e ficamos presos a ele por uma espécie de fio que seria... digamos... o fio da vida. Pois bem... Nesse passeio, encontramos pessoas conhecidas, desconhecidas e vivemos os mais diversos tipos de experiências. Infelizmente, nos lembramos de uma parcela ínfima delas, e por isso a probabilidade de duas pessoas lembrarem de um encontro noturno é que nula. Mas acontece.


Uma curiosidade interessante sobre o fio, é que, se ele for cortado, a pessoa morre. É assim, inclusive, que as pessoas dormem e não acordam mais. E é por isso também que nunca sonhamos com nossa própria morte. Para isso, o fio teria que ser rompido. E, quando algo toca nosso fio, por instinto, acordamos.


Deve parecer esdrúxulo pelas minhas palavras. Mas o Stephen King é tão convincente que quase é possível acreditar nessa história toda. E é quase impossível esquecer.


O fato é que, de acordo com a tese do escritor, a Letícia estava produzindo um filme na madrugada de sexta pra sábado. E o Guffo passou por ali, ouviu a música e imaginou que a Camelie pudesse saber qual era o nome do filme. E eu, que não tenho mais no que pensar, cheguei a essa conclusão quase sozinha.


Essas somos nós!

Um comentário:

Arthur de Faria & Seu Conjunto disse...

Tem um filme fooooda sobre isso: Waking Life, do Richard Linklater, o mesmo do "Antes do Anoitecer" e "Antes do Amanhecer" (ou será o contrário?). Vejam!!!
E eu adorava o Stephen King!
Beijoux
Arturix